sábado, 31 de julho de 2010

2. Nightmare

O sangue, ainda quente, enchia o cálice de prata envolto pelos longos e finos dedos de um homem de cabelos negros, longos e compridos até os ombros, estes cobertos pela capa que mantinha seu rosto oculto. Ele acabara de aparecer próximo a um cemitério e andava apressadamente, como se algo importante o esperasse. Sua capa balançava violentamente contra o vento da madrugada. E então tudo ficou preto...

- Ista nocte sabbati invoco potestates tenebrarum me – Era possível ouvir a voz, mas nada era visto. – deducere et laborare pro favore mea, ut devehant me ad lucem et – A língua também era desconhecida, diferente, nada com o que já tivera contato antes. – potestates paranormales quod necesse est pro faciendo mea miracula...

Tudo ficou muito quieto, e os grandes e confusos olhos azuis encaram o teto escuro do quarto. Levou a mão ao peito que pulsava rapidamente, ofegante, com a sensação de que passara a noite inteira correndo uma maratona, mas nem sequer saíra de seus aposentos. Rolou para o lado, enrolando-se no lençol, na tentativa de pegar no sono novamente, mas não conseguiu. Então jogou as pernas para fora da cama e levantou.

Caminhou sem pressa para o banheiro e encarou-se no espelho. Estava com uma aparência abatida, pálida. Colocou a língua pra fora, nada anormal. – Mas que porra foi essa, Brooke? – Encheu as mãos de água e lavou o rosto.

Voltou para o quarto e se sentou na beira da cama, encarando o escuro a sua volta. Tentava entender o sonho que acabara de ter, mas nada parecia fazer sentido agora. Virou a cabeça e olhou o relógio na cabeceira da cama, marcava três e quarenta da manhã e ela se jogou pra trás.
- Bom dia maninha! – Brooke estava sentada à mesa com uma enorme xícara de café e Becky acabara de se juntar a ela. – Como dormiu?

- Péssima, dormi mal. Parece que um trator passou por cima de mim e, pra ajudar, acordei às três da manhã com a merda de um sonho estranho. – Levou a xícara aos lábios e deu um grande gole, encarando a irmã em seguida. – Você deve ter dormido muito bem, não é? Primeiro transa com Draco no banheiro do restaurante, depois deve ter passado a noite inteira na maior foda!

- Draco não dormiu aqui... – Disse sem olhar B., estava ocupada enfeitiçando a cafeteira para se servir.

- Como assim? – Perguntou curiosa. – Vocês me deixam plantada no restaurante com um cara sem graça e sem um pingo de atrativos, comem-se no banheiro e vem me dizer que ele não dormiu aqui?

- Sim, exatamente isso. Ficamos conversando e arrumando uns assuntos pendentes e ele foi embora por volta das oito da noite, eu estava cansada, tomei um bom banho e fui dormir. Nem preciso dizer que você apagou o dia inteiro, não é?

- Não! – Apanhou uma torrada e encostou-se à cadeira. – Mas o que deu nele?

- Foi arrumar algumas coisas, deixar tudo preparado já que amanhã saímos de Londres.

- Sairão de Londres? Do que está falando, Becky? – Fitou-a com curiosidade, não estava entendendo absolutamente nada.

- O que ouviu, vamos embora de Londres amanhã à tarde. – Respondeu tranquilamente, passando geléia de morango na torrada adocicada que acabara de pegar.

- Vocês enlouqueceram de vez, foi isso? – olhou-a indignada, roubando-lhe a torrada.

- Hey! – Reclamou e apanhou outra rapidamente. – Na verdade não, só achamos que a América pode ser um lugar legal pra se morar... mais especificamente... Detroit!

- Ah, legal, e a Brooke fica largada, sozinha, em Londres, muito legal. – Levantou-se irritada.
- Nada disso, você vem com a gente.

- Nem fodendo que eu saio daqui pra ir pra uma cidade merreca que eu nunca nem sonhei! – Saiu da cozinha e subiu batendo os pés. – Vocês enlouqueceram completamente, Rebecca, que idéia, América... Eu vou ficar aqui, nem que seja sozinha.

- Duvido... – Murmurou para si e deu um sorrisinho, continuando com seu café.

Mais tarde, quando Draco chegou, impecável em seu terno preto, com a camisa e gravata da mesma tonalidade por baixo, os cabelos perfeitamente penteados para trás, sem nenhum fio solto, foi de encontro com Rebecca, sua namorada, que terminava de arrumar as malas.

- Falou com sua irmã? – Perguntou, tomando lugar na poltrona, do outro lado do quarto.

- Sim. Ela ficou possuída da vida e se trancou no quarto desde então. Acho que não vai ser muito fácil convencê-la, mas também não seria difícil, ela não vai ficar aqui sozinha.

- Acho que tenho uma idéia.

Levantou-se e foi ao quarto da cunhada, bateu na porta.

- Esqueça Rebecca, eu não sairei daqui, já disse.

- Sou eu.

Ela estremeceu ao ouvir a voz do louro atrás da porta. – Jogo baixo! – Sussurrou e a abriu, sem deixar que ele entrasse. – Sim?

- Será que eu conseguiria convencê-la se falasse que eu e Rebecca estamos pensando em marcar a data do casamento e queremos mudar um pouco de ares?

- Saia da minha mente, Malfoy! – Urrou.

- B. é algo temporário. Voltaremos o quanto antes. Só preciso resolver uns assuntos e não queria ficar lá sozinho, sem ter alguém que eu conheça. Rebecca disse que iria comigo, mas não podemos deixá-la sozinha aqui.

- E por quê? Eu Sou grandinha pra cuidar de mim. – Afastou-se da porta e sentou-se na cama, encarando o loiro que se encostou no batente de madeira.

- Sabe se cuidar tanto quanto uma criança de cinco anos de idade. E além do mais, o que ficaria fazendo? Vamos para os EUA, deixamos você escolher a decoração da casa, você terá um leque maior de homens e a diversidade deles, conhecerá pessoas novas e interessantes. Qual é, B. Não faça isso com a gente!

Ela bufou, ele estava conseguindo conquistar seu coração. – Malfoy seu cachorro patife, eu juro que se nunca mais voltarmos a Londres eu te mato, pico seu corpo e dou de comer aos porcos, está me entendendo?

- Com total clareza, minha cunhadinha.

- E não seja cínico.

- Certo, arrume suas coisas, partiremos amanhã à tarde.

- Posso, a menos, ter a curiosidade de saber que assuntos são esses que te farão mudar de país?

- Um amigo meu, Victor, pediu a minha ajuda em uns negócios, ele trabalha no Ministério da Magia dos Estados Unidos e... Você sabe como os Malfoy são influentes...

- Ah, sim, claro. Vou arrumar minhas coisas.




Chicago – Illinois

Sam estava parado como se pairasse no ar. Estava dentro de uma casa muito antiga, num corredor, mais especificamente. Ouviu algum barulho, algo como gemidos, vindo de um quarto no fim do corredor, hesitou por alguns instantes, mas foi em frente e atravessou a porta, como se fosse um fantasma e ninguém sequer o olhou, como se, além de tudo, fosse invisível.

Na cama estava um casal transando, a explicação para os gemidos. Sentiu-se um pouco constrangido e tentou não olhar, mas era impossível, seu corpo estava imóvel, como se algo o estivesse controlando e nada podia ser feito, a não ser observar...

O homem na cama parecia enlouquecido de prazer e tesão. Seu membro rijo pulsava entre as carnes quentes e úmidas enquanto suas mãos deslizavam pelas curvas perfeitas de uma loira que, sentada sobre seus quadris, cavalgava enquanto sentia-se quase que em um êxtase inexplicável. Gozaria a qualquer momento, quando seu prazer atingisse o ápice da alucinação. Ergueu a cintura e bombou uma, duas, três vezes e o jato quente e forte atingiu as paredes internas da mulher. Fluídos misturados e sensações compartilhadas. Abraçou o corpo dela e a fez deitar na cama, apertando suas mãos em suas coxas... Pele lisa, macia, aconchegante, apertou de forma que seus dedos deixassem vergões na brancura, os lábios subiram pelo busto e deslizarem pelo pescoço onde chupou e sugou com certa força. Sua mão deslizou agilmente para de baixo do travesseiro de onde retirou um punhal e a língua escorregou pela pele, como se sentisse seu gosto, continuou a bombar conforme as mãos da moça apertavam-lhe a cintura e então um gemido mais intenso anunciou que ela atingira o gozo e, sem pensar, a lâmina do punhal deslizou por sua garganta.

Sam gritou absurdamente alto, como se a voz rasgasse suas cordas vocais, queria matar aquele estranho, mas ainda estava estático. O homem levantou a cabeça e Sam encarou aqueles grandes olhos verdes, os tão conhecidos olhos que costumavam encará-lo desde que era pequenininho...

- Sam... Sammy, acorde. Você está bem? – Dean chacoalhava o irmão que dormia no bando ao seu lado.

- Eu... ah. Dean?! Oh meu Deus, ainda bem, eu estava sonhando. – Ele agora se sentava direito. Esfregou as mãos no rosto e depois puxou os cabelos para trás e encarou o irmão que dirigia. – Onde estamos?

- Há algumas milhas de Chicago. – Anunciou e coçou o pescoço, olhando, em seguida, para Sam, um pouco preocupado. – Você está bem cara? Quero dizer, você começou a gritar feito louco e do nada, eu pensei que estava tendo um acesso ou coisa parecida. Será uma...

- Visão? Não, não acho que seja. – Ele encarou o irmão muito sério. – Pelo menos eu espero, realmente, que não seja. Eu sonhei que você estava transando com alguém e...

- AH SAMMY, Qual é? Voyeur? Você nunca me disse que se excitava com isso. – Dean deu uma enorme gargalhada dando um leve soco no ombro do irmão.

- Cale a boca Dean, eu não queria ver aquilo, mas era como se algo me impedisse. E quando... – Coçou a cabeça, meio constrangido. – ela atingiu o orgasmo, você tirou um punhal debaixo do travesseiro e lhe cortou a garganta e eu reparei que tinha um cálice de prata ao lado da cama.

- É! Isso foi estranho. Mas fique tranqüilo, Sammy. Primeiro porque você nunca irá praticar voyeurismo, não comigo. Segundo que você sabe que eu não faria um pacto, ou uma evocação que exigisse a morte de alguém que não seja eu mesmo.

Sam abriu a boca, parecendo chocado. – Foi tudo muito estranho, você não entende. No começo não parecia ser você. Não se parecia com ninguém que a gente conheça e era como se eu estivesse vendo algo que já aconteceu há muito tempo. Mas quando ele cortou a garganta da mulher e eu gritei, ele levantou a cabeça e, então, era você. Mas você estava diferente, como se estivesse possuído, eu não sei bem.

- Tudo bem Sammy, foi só um pesadelo. Você sabe, pessoas têm pesadelos há todo momento e esse foi só mais um. Vamos parar em Chicago, descansar, acho que isso tudo é estresse da viagem. Nos divertimos um pouco e tudo ficará bem novamente, sem voyeur ou pescoços cortados.

Sam apenas concordou. Era bobagem se preocupar com isso. Como ele mesmo havia dito, parecia uma cena que já acontecera, o que significava que nada poderia fazer nada para impedir. Dean estaria disposto a voltar ao inferno, antes de fazer qualquer coisa parecida com aquilo, antes de arriscar qualquer vida inocente, então, decididamente, não era seu irmão e sim apenas um mau sonho.

Logo estavam em Chicago. Pararam em um motel perto do centro da cidade e Dean foi tomar banho enquanto Sam se sentou na cama ainda um pouco pensativo. Tomou banho logo depois e vestiu seus costumeiros jeans e jaqueta. Estavam famintos, então passaram em um fast-food para se entupirem de x-burguers gordurosos, batatas e refrigerantes. Então Dean teve a excelente idéia de irem para um bar, ali perto mesmo e se divertirem um pouco. Sam ficou meio relutante de início, mas aceitou.

Música alta, luzes piscando... Sam sabia que Dean era retardado, mas não a ponto de levá-lo a uma balada e revirou os olhos ao se deparar com o ambiente. – Qual é Dean, você não tem mais idade pra freqüentar esse tipo de lugar.

- Calado, Sam! – Revidou e se direcionou ao bar, apoiando-se no balcão. – Duas cervejas, por favor. – Pediu e o barman encarou-os desconfiado. – Hey ei ei ei, calma lá cara, somos irmãos! – Ele balançou a cabeça como se fingisse acreditar e Sam se aproximou, encostando-se de costas. – Como as pessoas podem nos confundir com um casal gay?

- As pessoas são maldosas, Dean. – Respondeu e esticou o braço para apanhar a própria cerveja. – Dois caras viajando sozinhos e você com essa pose de machão... eles imaginam coisas.

- Bando de loucos, isso sim. – Levou a garrafa aos lábios e deu um pequeno gole, olhando em volta. Ao fundo havia um palco, onde uma banda acabara de sair, dando espaço a uma mulher que se sentou em um banquinho com o violão no colo. – As coisas vão ficar mais calmas, pelo jeito. – Indicou-a com a cabeça para Sam que, por alguns instantes, ficou hipnotizado com a beleza dela.

Era uma mulher mediana, com seus um e sessenta e três de altura. Cabelos longos e bem vermelhos. Usava uma calça jeans e jaqueta de couro, a maquiagem impecável delineava seus olhos castanhos e dava cor à pele de pêssego que aparentava. Bonita.

- Hey, garanhão... Bela noite. – Brincou Dean, apanhando sua segunda cerveja.

- Boa noite a todos, eu sou Lindsay e tocarei nos intervalos da banda... – Apresentou-se e dedilhou o violão lentamente, ela tinha um sotaque bonito, texano, e então juntou alguns acordes, começando a tocar. – I hurt myself today to see if I still feel. I focus on the pain, the only thing that’s real.

- Johnny Cash! – Surpreendeu-se Sam, observando a moça.

Dean olhou para o lado onde duas garotas o observavam. – Eu tenho negócios a tratar, volto logo. – E saiu.

- What have I become? My sweetest friend, everyone I know goes alway in the end. – Ela reparou que Sam a olhava como se entorpecido e soltou um sorriso, sem deixar de cantar. As palavras entravam por seus ouvidos e pareciam lhe fazer algum sentido e sua expressão se tornou um pouco triste. – [...] Beneath the stains of time the feelings disappear. You are someone else, I am still right here.

Ele abaixou a cabeça e soltou um pesado suspiro, virando a cerveja nos lábios em seguida, como se tudo aquilo fosse uma mensagem direcionada para si.

- [...] If I could start again a million miles away, I would keep myself, I would find a way... – Ela desceu do palco, dando espaço a banda novamente, e foi na direção do Sam que ainda estava apoiado no balcão, sozinho. – Hey cara, você me parece triste... – Sussurrou fazendo sinal para que o barman lhe trouxesse uma cerveja. – Posso te pagar uma bebida? – Ofereceu, observando a garrafa já vazia nas mãos dele.

- Não, eu pago a sua. – Retrucou, pedindo outra garrafa. – Você canta muito bem!

- Verdade? Você me pareceu triste.

- Essa música é triste. – Levou a cerveja aos lábios, encarando a mulher.

- Johnny Cash é um gênio, meu ídolo. Ele tem o poder de emocionar as pessoas, não apenas com suas letras, mas também a sua voz. Um timbre inigualável e perfeito. – Soltou e sorriu,dando um grande gole em sua garrafa.

Sam ficou impressionado. – Quanto carinho... – Ela riu, ele riu e os dois passaram a se encarar por algum tempo.

- Você não é alguém que eu esteja acostumada a ver, na verdade nunca vi seu rostinho nessa multidão, não é daqui, não é mesmo?

- Não... Kansas...

- Entendo. E pela sua reação, posso supor que anda se machucando muito ultimamente?

- Não sei dizer exatamente...

Ela suspirou e olhou para os lados. – Cara se sorte aquele ali. – Apontou Dean com a cabeça. – Logo duas em uma única noite... Reparei que chegaram juntos, são amigos?

- Irmãos... – Respondeu e olhou, Dean se agarrava com duas num canto. – Com licença... – Saiu andando na direção do irmão, a moça foi atrás. – Dean! O que você pensa que está fazendo? Você aca...

- Você acabou de terminar um relacionamento e deveria sentir isso. – Disse antes que Sam pudesse terminar, imitando a voz do irmão. – Qual é Sammy?! Eu terminei um relacionamento, ninguém morreu, ninguém está em luto, eu tenho direito a aproveitar a vida às vezes e você deveria fazer isto também. – Apontou a mulher atrás dele. – Acho que deveria esquecer um pouco e curtir, nem que seja por uma noite. Vamos lá garotão. – Afastou-se um pouco das mulheres e puxou-o, cochichando. – Faz dois anos, não é? E ela é linda, aproveite!

Ele pareceu pensar um pouco e virou-se, olhando Lindsay que erguei as sobrancelhas pra ele, soltando um riso tímido. – Tem razão... – Murmurou pra si mesmo e voltou ao bar com a garota, enquanto Dean retomou suas atividades.

Mais algumas garrafas de cerveja foram abertas, algumas doses de tequila e, quando Sam deu por si, se é que deu mesmo, estavam nus na cama, seus braços apoiados no colchão ao lado da cabeça da ruiva que mordia os lábios com força e gemia enquanto suas unhas cravavam a pele de sua cintura.

Pressionou o corpo contra o dela e se virou, deixando-a por cima. Não sabia explicar o que acontecera consigo. Talvez a alta dose de álcool em seu sangue, mas não conseguia pensar em nada a não ser o quão bom estava aquilo. Apertou forte as mãos na cintura dela, deixando o local vermelho, e penetrou-a com intensidade, fundo, fazendo com que soltasse um gemido mais alto, agudo e ela cavalgou, prolongando aquela sensação, aumentando a pressão entre seus sexos.

Sam inclinou sua cabeça para trás, contra o travesseiro e abriu a boca soltando um gemido rouco, ela pressionou as mãos contra o tórax dele, apertando as unhas ali e deslizando-as para baixo, arranhando-o, ergueu o quadril, afastando-se um pouco e movimentou-o para cima e para baixo, várias vezes, desencaixando-o de si.

Não demorou muito para que Sam explodisse e ela sentisse o líquido quente e espesso escorrer por suas coxas. Ele a empurrou contra a cama novamente e ergueu uma de suas pernas, apoiando em seu ombro e segurando para que não tirasse dali. Mordeu a coxa e deslizou a língua pela macia pele branca, estocando. Ela gemeu baixo, parecido com um chorinho, e ele sentiu as contrações de suas carnes úmidas em volta de seu membro. Ofegando, curvou-se e selou o queixo dela, rolando para o lado. Abraçou-a por trás e pegou no sono.

***

- Dean! – A morena chorou e os grandes braços a envolveram fortemente, uma lágrima escorreu de seus olhos verdes.

- Mate-o, nem que pra isso seja preciso me matar junto, você entendeu? – Dean a afastou um pouco de seu corpo e encarou seus olhos.

- Eu não posso fazer isso Dean, eu te amo. – Ela mal conseguia falar.

Ele a beijou de forma intensa, como se nunca mais fosse fazer aquilo novamente. – Eu também te amo. – Sussurrou em seus lábios e saiu do Impala.

A rua estava deserta e o letreiro de um café piscava fraco em frente ao carro. A morena saiu pelo outro lado e parou ao lado de Dean. Um homem muito loiro, de olhos amarelos, sorria diabolicamente para eles, ao longe, encostado na porta do café. O local parecia banhado em sangue, cheio de corpos estirados ao chão, do lado de fora e de dentro.

O loiro sumiu de onde estava, aparecendo atrás da morena. Puxou-a pelos cabelos e tombou sua cabeça para o lado, deixando à vista a lateral do seu pescoço passando um dos dedos finos pela veia saltada e soltou um sorriso para Dean, que parecia enlouquecido de raiva.

- Deixe-a em paz, seu filho da puta, é a mim que você quer, ou eu...

- Ou o que, Dean? Irá se matar? Eu posso muito bem continuar onde estou. A escolha é sua. – Ele beijou o pescoço dela. Dean ficou fora de si e partiu pra cima dele, mas antes que pudesse encostar um dedo no loiro, foi atirado para trás, batendo as costas em um carro, e caiu no chão desacordado.

Sam abriu os olhos e deu de cara com o teto do quarto do motel. Respirava com dificuldade como se algo o estivesse sufocando. O que estava escrito no letreiro?

- Detroit. Café Detroit, é isso. – Ele olhou para o lado e se deparou com a cantora da noite anterior. É claro, ele havia bebido demais. Ele e Dean, que provavelmente estaria no quarto ao lado, com duas moças, pervertido. Levantou e sentiu a cabeça rodar. – Merda de ressaca. – A moça acordou e sorriu para ele, tentando puxá-lo de volta pra cama. – Olha, não quero ser rude... ahm... Qual é mesmo o seu nome?

- Lindsay.

- Certo, ahm, Lindsay, eu acho que é melhor você ir embora agora. Eu falo sério. – A moça se levantou chateada e pegou suas coisas, saindo do quarto.

Sam vestiu uma calça e abriu a porta do quarto ao lado. Dean estava esparramado e, como Sam já esperava, com duas moças. Pigarreou alto e nada de alguém acordar. Então foi ao lado do irmão e o chacoalhou.

- Porra, Dean, acorde. – Dean apenas colocou o travesseiro na cabeça, como se não quisesse ouvir. – Dean, é sério, eu tive uma visão!

- Se você me viu fazendo sexo com duas mulheres, pode esquecer, já aconteceu. E eu não matei ninguém, como pode ver. – Levantou a mão debaixo do travesseiro como se mostrasse que todos estavam vivos. – Agora dê licença, estou com uma ressaca dos diabos, minha cabeça dói, vou dormir mais um pouco.

- Dean, é sério. Acha que eu te acordaria se não fosse importante?

- Acho! Você é preocupado demais, relaxe um pouco, já disse... Onde esta a cantora? – As duas moças começaram a acordar e Dean tirou a cabeça debaixo do travesseiro. – Bom dia gatas. Querem brincar um pouco com o Sammy? Ele está meio tenso, precisam relaxá-lo.

- Não tenho tempo para sexo matinal Dean, mas tudo bem se quiser agir como criança. Fique a vontade. Mas quando você e sua namorada morrerem, não diga que não avisei. – Sam se afastou e foi em direção a porta.

- Opa, opa, peraí. Que história é essa de namorada? – Sentou-se rapidamente na cama e encarou o irmão que se virava para ele novamente. – Lisa e eu terminamos, esqueceu? E que história é essa de morrer? – Sam apontou com a cabeça as duas garotas nuas na cama. – Ok, Sammy, você venceu. – Virou-se para as meninas – Meus amores, eu preciso ter uma conversinha com o meu irmão mal humorado ali. Deixem seus telefones que eu ligo de volta. Obrigado pela maravilhosa noite.

Elas riram, pegaram uma caneta na bolsa e anotaram os telefones nas calcinhas, deixando em cima da cama. Vestiram o resto e saíram mandando beijinhos para eles. Dean sorriu todo galanteador e virou para Sam que já voltada para perto da cama.

– Cara, eu sou muito bom. – Disse e Sam revirou os olhos, sentando-se na beira da cama enquanto Dean vestia uma cueca. – Certo, desembucha cara.

Sam contou o sonho, detalhe por detalhe, como tudo acontecera, só não sabia descrever, exatamente, como era a mulher que ele deduzira ser Lisa.

- Wow, espere um pouco. Você disse que eu falei que amava alguém? – Sam concordou com a cabeça. – Essa é ótima. Sam, eu não admito nem para mim mesmo quando eu estou apaixonado. Acha que eu faria isso a Lisa? – Balançou a cabeça lentamente e suspirou. – De qualquer forma você nem sabe se eu morri mesmo ou se Lisa morreu. Ela está longe de Detroit e nem sonha em vir pra cá.
- Mas os dois estavam correndo perigo.

- Certo! Essa sua visão foi em Detroit? Fácil, não iremos para lá e eu nunca irei morrer e Lisa também não morrerá!

- Dean, mas e se há algum demônio possuindo alguém?Pessoas podem estar morrendo. Não podemos deixar isso passar.

- Ok, Sam, passaremos por Detroit e veremos se há algo de sobrenatural por lá. Está feliz agora? Posso voltar a dormir?

- Não, pegue suas coisas, você dorme no Impala, eu dirijo.

- Você e seu incrível tesão por demônios de olhos amarelos...




Detroit – Michigan


- Dean! Chegamos. – Sam estacionou o Impala em frente a um motel.

Dean piscou os olhos, despertando. – Porra, eu dormi toda a viagem? Quero dizer, quase cinco horas?

- É. Eu estou com fome. Vamos deixar nossas coisas, comprar algo para comer e sair atrás de pistas.

- Ainda não acredito que me trouxe pra morrer. Cara, você é um péssimo irmão sabia? – Sam revirou os olhos e Dean riu.

Pegaram um quarto e deixaram as mochilas lá, passaram em uma lanchonete próxima ao motel e almoçaram. Depois de satisfeitos, Sam deixou Dean em um bar, para ver se alguém sabia de algo anormal que poderia estar acontecendo na cidade, enquanto iria procurar o tal Detroit Café ou notícias sobre coisas que poderia parecer presságio demoníaco.

Dean entrou e foi direto ao balcão pedir a sua cerveja, já era quase oito da noite e o local estava começando a ficar movimentado. Ouviu uma risada e olhou para os lados, reparando, no fundo do bar, perto da mesa de sinuca, uma moça linda e incrivelmente gostosa. Vestia uma calça de couro e uma regata branca, deixando a mostra um pedaço do sutiã preto. Por cima tinha uma jaqueta, também de couro, preta. Mulheres ficam, extremamente, sexy de couro, e deixam Dean louco. Ele reparou que ela estava jogando com dois rapazes e tinha uma garrafa de cerveja na mão. Pelo visto estava ganhando.

Pegou sua cerveja e se aproximou, esboçando seu sorriso mais cafajeste. Ela o olhou, retribuindo, enquanto os dois caras saiam, chocados por terem perdido de uma mulher.

- Está a fim de perder, bonitão?

- Só jogo se as apostas forem altas. – Ele deu um longo gole na cerveja e olhou-a dos pés a cabeça.

Ela retirou a jaqueta e ele reparou que ela tinha alguma tatuagem no ombro, mas a alça da blusa tapava quase todo o desenho. Ela também usava um colar fino, prata, com uma pequena pedra brilhante no pingente, em seu decote... E que decote... E que corpo.

- Pode pedir o que quiser. Isso SE você ganhar. – Ela também deu um gole na cerveja dela e limpou os lábios com a língua, uma gota havia ficado lá.

- Quero te levar pra sair hoje, baby.

- Estou começando a achar que perder não é assim tão mal. – Ela sorriu e pegou o taco, passando giz na ponta.

- Não vai pedir nada, SE você ganhar?

- Se eu ganhar, coisa que irei com certeza, – Frisou. – eu escolho depois.

- Não vai, nem ao menos, me dizer o seu nome? – Ela riu.

- Você não me disse o seu. – Encostou-se na mesa.

- Dean.

- Ashley. – Ela tomou mais um gole da cerveja e o olhou de cima a baixo.




Aeroporto de Londres

- Aviões... – Brooke reclamou pela centésima vez, agora quando já embarcavam e tomavam seus lugares no avião.

- Quantas vezes terei de te explicar que não podemos aparatar de tão longe? – Bufou Becky.

- Há feitiços que permitem aparatar há longas distâncias.

- E correr o risco de se perder em outra dimensão ou ficar em pedaços. Não. – Explicou Draco, tomando seu lugar ao lado da namorada.

Brooke apenas revirou os olhos e olhou pela janela. Estava entediada desde que aceitara ir para os EUA com a irmã e o cunhado, a idéia não lhe parecia boa desde o começo e não seria diferente. Cabeçuda, sempre pisava firme quando tinha algo na cabeça e, neste momento, só se passava que não era boa idéia. Acomodou-se e olhou com desprezo quando a aeromoça se aproximou.

- Posso servi-los? – Perguntou gentilmente, Draco negou com a mão. – O vôo partirá em breve. Peço-lhes que coloquem os cintos.

- Falou com Victor? – Becky se virou para Draco, fingindo não ver a cara de descontente da irmã.

- Sim, nossas reservas já estão feitas. Assim que desembarcarmos em Detroit um taxi nos apanhará no aeroporto, teremos de nos portar como trouxas, ouviu B.? – Ela o olhou e deu de ombros voltando os olhos à janela. – Então nos levará ao hotel onde nossas coisas já estarão esperando.

***

- Aviões, táxis, hotéis, e agora isso? O que você espera Draco? Que eu lhe entregue a minha varinha e vire uma trouxa?

- É claro que não B., o celular é uma coisa importante para que possamos nos falar, sem levantar suspeitas.

- E como espera que eu decore o número dessa coisa?

- Eu já adicionei o meu número e o de Becky na agenda. Agora, por favor, seja boazinha. – Draco se aproximou de Brooke e colocou sua mão no rosto dela.

- Vocês me tratam como uma criança. Eu não sou uma, ok?

- É claro que você não é uma criança, se você fosse uma, eu não faria isso... – Puxou a cunhada pela cintura, deixando os dois quadris unidos, e levou seus lábios ao pescoço dela, sua língua deslizando lentamente pela pele macia. Ela suspirou tentando se controlar.

- Não sei... – Falava rouca.

Ele tirou a jaqueta de couro dela, ainda respirando em seu pescoço. Pegou-a pela cintura e sentou na cama, fazendo-a sentar em seu colo. Ela agarrou os cabelos loiros dele, levemente compridos, e puxou, sentindo o membro dele enrijecer na calça.

Ele, aos poucos, tirou a blusa dela e desceu seus lábios para o colo. Contornou com a língua a beira rendada do sutiã e, com uma mão, o desabotoou. A outra mão foi em direção a um seio e a boca no outro, ela gemia e se arrepiava. Ouviram um barulho, que significava que Becky havia saído do banho. Foi quando o celular de Draco tocou. Ele afastou B., pegou o aparelho e respirou fundo. Ela o olhava com uma expressão chocada e Becky com curiosidade.

- Alô? Sim... Agora? Tudo bem Victor, estamos indo. – Ele desligou o telefone e olhou para cada uma das gêmeas.

- Eu não acredito. Você me excita e vai embora assim?

- Desculpe B., Victor precisa falar comigo agora. Se quiserem vocês podem vir.

Becky assentiu com a cabeça e começou a se trocar. – Eu não vou mesmo. – Brooke pegou o sutiã e o colocou, o mesmo fez com a blusa e a jaqueta. – Aliás, eu vou dar uma volta. E não me digam o que eu posso ou não fazer, não sou criança. – Ela pegou a varinha e colocou na bota, o celular e o número dele anotado em um papel, colocou no bolso da jaqueta e saiu do hotel.

***

Andou sem muita pressa, observando tudo a sua volta, incluindo as pessoas. Parecia gostar do que via e riu sozinha.

- Os EUA não são tão ruins assim, afinal de contas... – Disse a si mesma e entrou em um bar, próximo ao hotel onde estavam hospedados. – Boa noite... – Disse ao barman e olhou em volta. Pediu uma cerveja e se aproximou da mesa de sinuca onde dois homens jogavam. – Posso me juntar a vocês? – Ofereceu-se, mordendo os lábios.

- Claro, gata, mas só jogamos na base da aposta.

- Com todo o prazer... – Deu a volta na mesa e apanhou um taco, passando giz na ponta. Um dos homens arrumou as bolas sobre a mesa e a encarou. – O que querem apostar?

- Se você perder, – Começou. – Terá de transar com nós dois, delicia.

Ela deu de ombros e riu. – E se eu ganhar?

- Se ganhar, tudo o que consumir hoje é por nossa conta!

- Fechado! Posso começar?

Andou em volta da mesa e curvou-se sobre ela, empinando a bunda na direção deles que olharam abobados e extasiados o belo traseiro que tinha, apertado na calça de couro preto.

- Bela bunda... – Um deles sussurrou e ela deu um sorrisinho safado por cima do ombro, mirando a bola branca.

Acertou-a bem no centro e ela foi em direção as bolas coloridas, do outro lado da mesa. Quatro delas entraram no buraco e, rapidamente, ela fez a conta. – Acho que isso me faz ficar com as pares, rapazes... – Ela sorriu maliciosa e os dois se entre olharam, não faziam idéia de que ela pudesse ser uma boa jogadora. Ela jogou novamente, dando um toquinho leve na bola, sem encaçapar nenhuma.
O mais alto deles, negro e barbado, apanhou seu taco e mirou na bola branca, acertando a bola ímpar do outro lado, que entrou no buraco.

- Nessa eu vou só olhar. – Disse o mais baixo, loiro, encostando-se na parede. Não queria ter a vergonha de perder para uma mulher, já que seria humilhação suficiente ter que pagar a aposta.

O jogo se seguiu assim, entre uma gargalhada e outra, um gole de cerveja e uma tacada. Quando três bolas ímpares ainda estavam sobre a mesa e apenas a bola oito restava para B, ela olhou em volta, um rapaz de cabelos loiro escuro entrava. – Hm, hoje tem festinha... – Sussurrou para si e virou para os rapazes. – Bom, meus amores, o jogo está ótimo, mas se encerra aqui. – Riu, percebendo que o rapaz a olhava agora. Debruçou-se sobre a mesa e acertou a bola branca que direcionou a preta exatamente para a caçapa do canto. – Fim de jogo... O que eu consumir não é? Vocês são muito gentis... – Piscou para eles.

- Está a fim de perder, bonitão? – Disse virando-se para o homem que já se aproximara.

- Só jogo se as apostas forem altas. – Ele deu um longo gole na cerveja dele e olhou-a dos pés a cabeça.

Ela retirou a jaqueta, seduzindo o loiro. Percebeu que ele a olhava captando todos os detalhes, como a sua tatuagem, escondida por baixo da alça da blusa, e o pingente que a mãe havia ganhado do pai, e com a morte de ambos, ficou para ela. Ele estava deslumbrado.

- Pode pedir o que quiser. Isso SE você ganhar. – Ela também deu um gole na cerveja e limpou os lábios com a língua, uma gota havia ficado lá.

- Quero te levar pra sair hoje, baby.

- Estou começando a achar que perder não é assim tão mal. E você é muito mais sutil do que aqueles dois cavalheiros ali. – Ela sorriu e pegou o taco de volta, passando giz na ponta.

- Não vai pedir nada, SE você ganhar?

- Se eu ganhar, coisa que irei com certeza, – Frisou. – eu escolho depois.

- Não vai, nem ao menos, me dizer o seu nome? – Ela riu.

- Você não me disse o seu. – Encostou-se na mesa.

- Dean.

- Ashley. – Ela tomou mais um gole da cerveja e o olhou de cima a baixo, mordiscando os lábios.

- Certo, Ashley, pronta pra perder? – Ele deu a volta e apanhou um taco para si, voltando em seguida. – Belos olhos... – Disse quando passava giz na ponta.

Ela arrumou as bolas e o encarou. – Obrigada, mas elogios não vão me fazer ter pena de você, garanhão. Quer começar?

Ele tirou a jaqueta também, levantou uma sobrancelha pra ela e sorriu, dando a primeira tacada, acertando duas bolas na caçapa. Duas pares.

- Nada mal.

- Você ainda não viu nada. – E ela não pode deixar de imaginar aqueles músculos que estavam marcados pela blusa. Aqueles braços a agarrando, apertando, os lábios dele nos dela. Mal tinha percebido que ele encaçapara mais uma e agora era a vez dela. – Ashley, é sua vez.

Ele era bom, mas ela era mais. Ela derrubou o mesmo número de bolas que ele, acertou mais uma, e deixou ele jogar. Ele também não errava nada. Deixou uma bola apenas e errou de propósito. Ela, por sua vez, derrubou todas as dela e encostou na mesa.

- Muito bem, você ganhou, o que quer de mim?

- Sabe de uma coisa, você é muito espertinho. Deixou-me ganhar de propósito, só pra eu ficar com pena e realizar o seu pedido.

- Então eu posso te levar pra sair hoje?

- Pode, e depois eu pegarei o meu prêmio.

Ela estava bem próxima dele, um olhando nos olhos do outro. Nem perceberam que um rapaz se aproximava um pouco afobado. Dean olhou para o lado e reconheceu o cara. Sam encontrou o olhar de B. e levantou um dedo na direção dela abrindo a boca, como se fosse falar algo. Tombou a cabeça de lado, fechou a boca e enrugou a testa. Virou para Dean e hesitou um pouco.

- A gente... A conhece? – Ele olhou de novo para ela que sorriu.

“Nada mau também”, pensou. “Embora o loiro seja muito mais bonito, este ai também faria um estrago.”

- Eu acabei de conhecê-la.

Sam sorriu para ela e puxou o irmão para o lado e sussurrou algo que B. não pode ouvir – Cara, eu conheço ela, não sei de onde. Mas não é a primeira vez que eu a vejo.

- Não sei não Sammy, ela tem um sotaque diferente. Provavelmente é inglesa. Nós nunca conhecemos uma inglesa.

- É! Você pode ter razão. Mas eu ainda acho que já a vi em algum lugar. Enfim, Dean, precisa vir comigo, eu achei algo que pode ser importante.

- Cara, você não pode ir sozinho? Eu ia levar ela pra sair, e depois...

- Tudo bem, poupe-me dos detalhes de sua vida sexual. Mas eu ainda acho que seria melhor você vir comigo. Dean, não faz nem vinte e quatro horas que você está sem sexo!

Dean voltou para B. e coçou a cabeça, meio constrangido. Embora ela estivesse irritada por ser desprezada pela segunda vez essa noite, ela foi razoável. – Escute, se você tem um problema, vá, tudo bem, a gente pode marcar para amanhã. Mas eu sou uma pessoa que cobro os meus prêmios, não vá me dar um bolo. – Ela pegou o papel do bolso com o número do telefone e entregou para Dean. – A propósito, eu menti. Meu nome não é Ashley, é Brooke. Mas pode me chamar de B. E se, por acaso, você terminar o que precisa fazer logo, pode me ligar hoje mesmo. Não tenho planos.


Dean sorriu e guardou o número dela, escrevendo o próprio e a entregou.

- Se você achar que seu prêmio está demorando, pode me ligar. – Saiu do bar, acompanhado por Sam que ainda a olhava com curiosidade, tentando lembrar onde já tinha visto aquela moça.


5 comentários:

  1. Devido a falta de tempo né,tenho que ler a fic por partes e pra não esquecer de comentar,comento em partes tbm \o
    Vcs continuam me prendendo a atenção,cada vez que leio fico mais ansiosa ainda esperando pelo vai acontecer.
    Adorei a parte que fala do Johnny cash,a Lindsay ( que aliás imaginei interpretada por Lindsay Lohan*-*) não poderia escolher melhor pra cantar e ainda mais a música né,tão a cara do Sammy*-*
    As cenas dos dois (é cena sim,leio e juro que parece queé série,já digo e repito)eu fico rindo sozinha na frente do pc feito louca.
    E estou começando a me apegar mais com Becky e Brooke.
    E Aposto que Dean nunca ligará para aquelas meninas!

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  2. O mais interessante está por vir ainda, o que reservams pra gemeas <3

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  3. Yeah,terminei de ler agora!
    O Dean é o mesmo em todos os lugares né,série,fics aqui ou no inferno!
    E Gih pára de me deixar mais curiosa,ou vou ter que te bater amore mio!

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  4. O mais interessante está por vir ainda, o que reservams pra gemeas <3 [2]

    Ah cara, as gemeas são fodas... e a gente tenta seguir ao máximo o Dean e o Sam da série.. na verdade, a gente pensou em tudo como se fosse uma série mesmo.. HAHAHAHAHA com 3 ou 4 temporadas... \o

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  5. Huum!...
    eu achei incrivel a mistura dos dois universos e como encaixaram os dois tão perfeitamente!
    Sem contar que as cenas e representação dos personagens n foge da personalidade originais da serie!
    (algo dificil de ser fazer numa fanfic)
    simplesmente espetacular (biss) hehe

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